Créditos: Marcelo Camargo/Agência Brasil
Em 2014, Claudia Paschoa, motorista de aplicativo, sofreu um infarto de forma repentina.Apesar de não ter doenças cardiovasculares preexistentes, Claudia já teve vários casos de doenças cardiovasculares na família que resultaram em morte.Hoje, aos 57 anos, ela faz uso de medicação diária, além de cuidar da alimentação.|
Uma morte ocorre a cada cinco casos de infarto no País, segundo estimativas do Ministério da Saúde. Dor no peito e queimação estão entre os principais sintomas, porém, sinais incomuns também podem se manifestar durante o ataque cardíaco.
Dor no estômago, na mandíbula e cansaço excessivo estão entre os menos comuns, afirmam médicos ouvidos pela reportagem.
Nesta semana, o ex-jogador de vôlei Tande, de 54 anos, revelou em sua rede social que sofreu um infarto na semana passada. Palpitações, falta de ar e dor de ouvido foram alguns dos sintomas que o ex-atleta revelou ter sentido.
“Diabéticos, idosos e mulheres têm maior possibilidade de sintomas atípicos como dor no estômago (epigástrica), náuseas, vômitos e dor referida no ombro, falta de ar, palpitações, suor frio, fadiga ou cansaço incomum”, alerta o cardiologista Rafael Altoé.
Nos indivíduos ativos, cansaço incomum para um esforço normalmente tolerado, dor torácica ou desmaio durante a atividade física são eventos que podem indicar infarto agudo ou alto risco para infarto, alerta Rafael.
A cardiologista Fernanda Bento, coordenadora da Cardiologia do Hospital Meridional Serra, destaca que nem sempre a “dor” no peito é de fato dor. “A pessoa pode sentir uma queimação, aperto e pressão e pode estar acompanhada ou não de dor nas costas e no braço. Alguns pacientes chegam só com uma dor na boca do estômago, de forte intensidade, e vômito. Outros podem sentir uma irradiação para mandíbula”, alerta.
Em todos esses casos, orienta a cardiologista, é preciso procurar uma emergência. “É muito importante, na presença desses sinais, procurar o cardiologista e uma emergência para fazer uma avaliação, para que caso seja um infarto, ele possa ser diagnosticado o mais rápido possível”.
Entre os principais fatores que podem aumentar o risco de infarto, além do histórico familiar, estão também o sedentarismo, o consumo de alimentos gordurosos, com muito sal, e o tabagismo, destaca o cardiologista Pietro Lima. “Quem não pratica atividade física, não tem diabetes controlada, tem casos de infarto na família e consome muita gordura e sal vai agregar risco para o evento cardiovascular”.
Sintomas comuns
Dor ou desconforto na região peitoral, podendo irradiar para as costas, rosto, braço esquerdo e, raramente, braço direito. Essa dor costuma ser intensa e prolongada, acompanhada de sensação de peso ou aperto sobre o tórax, provocando suor frio, palidez, falta de ar e sensação de desmaio.
Sintomas incomuns
Dor no estômago, dor na mandíbula, vômitos e cansaço excessivo podem indicar um infarto. Em idosos, o principal sintoma do infarto pode ser a falta de ar. A dor também pode ser no abdome, semelhante a dor de uma gastrite.
Com informações da Tribuna Online
