
Em seu pronunciamento, Aldo explicou que deseja dedicar mais tempo à família e revelou que já vinha enfrentando um conflito interno. Apesar de tentar reacender o sonho de ser campeão, percebeu que sua jornada no octógono havia chegado ao fim.
“Dana, muito obrigado por tudo. Também agradeço a todos do UFC. Esta semana foi extremamente difícil para mim, não em termos de corte de peso, mas por estar travando uma batalha interna. Ainda tentava reviver o sonho de ser campeão, mas percebi que é hora de seguir em frente, curtir minha esposa, meus filhos. Não quero mais estar nesse ambiente”, declarou o lutador.
Aos 38 anos, José Aldo disse ter escutado seu corpo e sua mente durante o processo de preparação para a luta.
“Enquanto perdia peso, senti algo dentro de mim dizendo que não precisava mais fazer isso. Não importa se haveria ou não luta. Eu apenas não queria mais continuar. Acredito que esta foi minha despedida”, completou.
Uma trajetória lendária
José Aldo iniciou sua carreira no MMA em 2004 e estreou no UFC em 2011, vencendo o canadense Mark Hominick. Tornou-se campeão dos pesos-pena (até 65,8 kg) no mesmo ano, título que defendeu com sucesso sete vezes entre 2011 e 2015.
Apesar de ter perdido o cinturão para Conor McGregor em 2015, recuperou parte do prestígio ao vencer Frankie Edgar e seguiu lutando entre os melhores da divisão até 2017, quando foi superado por Max Holloway e perdeu novamente o título.
Com sua garra, técnica refinada e estilo agressivo, Aldo deixou um legado incontestável no MMA mundial e será lembrado como um dos maiores lutadores da história do esporte.