
A indefinição sobre a engorda da Praia de Ponta Negra, em Natal, tem irritado o empresário João Acácio Gomes Neto, dono da DTA Engenharia, empresa que integra o consórcio que venceu a licitação para fazer a obra.
De acordo com a 98 FM, as últimas horas têm sido tensas nos bastidores, com o empresário ameaçando dispensar, a qualquer momento, a draga que está na cidade para a realização do serviço. O equipamento tem custo operacional diário de R$ 500 mil – valor que está sendo pago pela empresa.
A obra da engorda de Ponta Negra ainda não tem autorização para começar por falta da licença ambiental definitiva. O Instituto de Desenvolvimento Sustentável e Meio Ambiente (Idema), órgão que emite o documento, recebeu só no dia 12 de junho o pedido da Prefeitura do Natal para liberar a Licença de Instalação e Operação (LIO). O órgão tem quatro meses para dar uma resposta sobre a emissão.
Nas últimas horas, o empresário intensificou contatos em busca de uma solução para o impasse. A avaliação dele é que, se a licença não for emitida até a sexta-feira (5), a empresa não tem mais condições de arcar com os custos da draga.
João Acácio afirmou à 98 FM que não tem definição sobre o assunto. Ele disse que reuniões estão acontecendo para decidir se a obra ainda poderá ser realizada em 2024.
Em reuniões com auxiliares da governadora Fátima Bezerra (PT) e do prefeito Álvaro Dias (Republicanos), o empresário relatou estar se sentindo no meio de uma disputa política entre Governo do Estado e Prefeitura do Natal. A situação o incomodou, e ele relatou estar se sentindo “usado”.
Diretor do Idema, Werner Farkatt afirmou nesta semana que o pedido da prefeitura está sendo analisado por uma “equipe técnica multidisciplinar”. E enfatizou que não há prazo para emissão do documento. Por lei, o prazo para análise é de quatro meses a partir do protocolo, isto é, outubro.
Com informações de Portal da 98 FM