Ficar em casa é bonito para quem tem salário garantido, diz presidente da CDL

17 de Março 2021 - 15h33
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O presidente da Câmara dos Dirigentes Lojistas de Natal (CDL Natal), José Lucena, defende que o governo estadual e a Prefeitura do Natal não decretem ainda mais restrições ao comércio devido à pandemia no Rio Grande do Norte. 

 "A gente quer que o governo se sensibilize o máximo possível. Nós empresários estamos passando pelo que Manaus passou há um mês: está faltando oxigênio para muita gente. A situação está muito difícil", disse durante entrevista à Jovem Pan News nesta quinta-feira (17).

Afirmando que os empresários comércio têm os cuidados necessários e seguido os protocolos sanitários, Lucena disse que não acredita que o setor tenha responsabilidade com o crescimento de casos da covid-19 no RN. Ele acredita que a principal responsável é a própria população, que tem relaxado quanto aos cuidados. "Já se passou um ano (desde o início da pandemia) e estamos com os mesmos problemas. Estamos vendo o empenho do Poder Público, mas a população de uma maneira geral não está colaborando com isso. As empresas estão fazendo os protocolos e estão sendo unidas", disse.

Sobre a possibilidade de um decreto ainda mais rígido com relação ao distanciamento social e às restrições às atividades comerciais, o representante da CDL afirmou que o Poder Público precisa ter sensibilidade no sentido de oferecer auxílio para a manutenção dos empregos e garantir a possibilidade dos empresários de manterem seus serviços funcionando.

"O que queremos é que, pelo menos, mantenham o decreto anterior. Se mexer muito pesado, vão, infelizmente, acontecer mais demissões do que vêm acontecendo. Muita empresa não terá caixa para continuar andando. Vai aumentar o desemprego em nossa cidade. Ninguém aguenta retroceder", disse. "Ficar em casa é bonito para quem tem seu salário garantido, mas para o empresário, que tem que todo dia estar em seu comércio, abrindo suas portas, tendo o apurado para pagar seus compromissos, é muito difícil", concluiu Lucena.

Fonte: Tribuna do Norte