Ex-integrante diz que MST usava “trabalho escravo”

06 de Junho 2023 - 07h34
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Nelcilene Reis, ex-integrante do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), afirmou durante a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Câmara dos Deputados que investiga as ações do grupo que ela trabalhava em um mercadinho do movimento das 08h às 17h, sem receber salário.

Observou também que não haveria outro tipo de comércio no local e que o que arrecadavam era coletado por dirigentes.

Indagada por Caroline de Toni (PL-SC), Nelcilene Reis falou que os valores praticados no mercado seriam até cinco vezes maiores que mercearias próximas, pontuando que o trabalho seria análogo à escravidão.

Entretanto, explicou que não trabalhava no mercadinho todos os dias, revezando com outros integrantes.

Ainda durante perguntas de Caroline de Toni, disse que não se sentia livre “lá dentro”. Porém, ponderou que não se arrepende, hoje, de ter entrado no movimento, pois conseguiu o que era seu objetivo, que era um “local para plantar” — mesmo ainda não tendo o título de propriedade.

Ainda assim, disse que não recomendaria para outras pessoas, atualmente, que entrem no grupo.

A CNN procurou o MST para comentar o caso e não obteve retorno até o momento.

Com informações da CNN Brasil