
A aprovação ao governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), 79 anos, continua em queda. A desaprovação, em alta. Tudo piorou um pouco para o petista de março para junho, embora as oscilações tenham ficado dentro da margem de erro da pesquisa, de 2 pontos percentuais. Só que as curvas mostram uma degradação contínua neste ano de 2025.
O levantamento do PoderData foi realizado de 31 de maio a 2 de junho. Já foi possível, portanto, captar o impacto do caso das fraudes dos descontos ilegais em aposentadorias e benefícios do INSS. O resultado mostra que o governo Lula é hoje desaprovado por 56% dos eleitores. A taxa avançou 3 pontos percentuais em 2 meses. No mesmo período, a aprovação recuou de 41% para 39%.
A desaprovação está com tendência de alta há alguns meses. Houve uma inversão das trajetórias. No seu 1º mês no Planalto em 2023, Lula tinha 52% de aprovação para sua administração contra 39% de desaprovação, uma diferença de 13 pontos percentuais. Agora, é o oposto: a desaprovação está 17 pontos acima da aprovação.
Lula tem atribuído a baixa taxa de aprovação a problemas na comunicação do governo. Trocou o chefe da Secretaria de Comunicação do Palácio do Planalto. Não adiantou.
No mês de maio de 2025 foi revelado um esquema de descontos indevidos em aposentadorias e pensões. Estimativas preliminares indicam que o desfalque pode ser da ordem de R$ 6,3 bilhões, dinheiro embolsado ilegalmente por sindicatos e entidades.
Apesar de o governo tentar atribuir a responsabilidade pela fraude ao seu antecessor, a demora da atual gestão em reagir às acusações dificultam a construção da narrativa. Podem ter pesado na análise de parte do eleitorado que se mostra insatisfeito com a administração Lula.
Os dados foram coletados de 31 de maio a 2 de junho de 2025, por meio de ligações para celulares e telefones fixos. Foram 2.500 entrevistas em 218 municípios nas 27 unidades da Federação. A margem de erro é de 2 pontos percentuais. O intervalo de confiança é de 95%.
Com informações de Poder 360