Barco no PA: Mauritanos podem ter entrado na rota mais mortal no Atlântico

20 de Abril 2024 - 12h35
Créditos: Divulgação/PF

Os africanos que morreram em um barco encontrado no litoral do Pará provavelmente entraram na rota mais mortal do mundo para quem tenta refúgio. Somente no ano passado, 500 pessoas que saíram da África morreram em média, por mês, tentando cruzá-la.

Segundo pesquisadores que conversaram com o UOL e com a PF, a principal hipótese é que a embarcação tinha como destino as Ilhas Canárias, na Espanha. O grupo saiu da Mauritânia, apontam as investigações.

A fuga da Mauritânia — assim como de outros países da África — é rotineira e tem explicações históricas, econômicas e climáticas, dizem os estudiosos.

Além da pobreza extrema e resquícios da escravidão, o deserto do Saara cobre 65% do território. Com as mudanças climáticas, a seca no país é uma realidade cada vez mais constante, o que gera ainda mais dificuldades envolvendo a segurança alimentar dos moradores.

“O perfil de quem tenta sair é formado por homens de 20 a 30 anos. Em muitos casos, é um empreendimento familiar, parentes que juntam dinheiro para a pessoa ir. E quando ele chega, vai de alguma forma retribuir financeiramente”, Pio Penna Filho, professor de história e relações internacionais da África da UnB

Confira na reportagem do UOL

Com informações do UOL