Apontado como novo Zico, ex-ABC tenta recomeçar na Série D

25 de Maio 2024 - 11h28
Créditos: Rennê Carvalho/ABC FC

No dia 16 de setembro de 2012, Adryan ainda tinha apenas 18 anos de idade. Ele entrou em campo pelo Flamengo no intervalo do jogo contra o Grêmio, pelo Campeonato Brasileiro, no Estádio Nilton Santos, com o time em desvantagem. Aos 15 minutos do segundo tempo, Ibson sofreu falta, e o jovem recebeu a bola das mãos de Vagner Love. Resultado: o golaço salvador do empate em 1 a 1, que aumentou a expectativa sobre o seu futuro, sendo tratado como mais um "novo Zico".

Na época, Adryan vinha de um ano de sucesso. Em 2011, foi campeão da Copa São Paulo, sendo titular aos 17 anos de um time sub-20. Conquistou o Sul-Americano Sub-17 com a seleção brasileira e ganhou a Chuteira de Bronze no Mundial da categoria, no qual o Brasil ficou em quarto lugar. No entanto, a carreira não decolou como se esperava. Neste sábado, ele está relacionado para defender a Portuguesa-RJ contra o Audax-RJ, às 15h30 (de Brasília, em Moça Bonita, pela quinta rodada do Grupo A6 da Série D do Brasileiro.

- É difícil ter uma resposta (do motivo pelo qual não se firmou no Flamengo). As coisas acontecem como devem ser feitas, independentemente de tudo. Eu sempre dei o meu melhor no Flamengo, dentro do que eu tinha capacidade naquela época da minha idade, da minha maturidade, enfim. Com a maturidade que eu tenho hoje, com a cabeça que eu tenho hoje, com certeza teria sido muito diferente, mas infelizmente a gente aprende com o tempo e o tempo a gente não pode voltar atrás. Se eu ficar olhando para trás, pensando o que me faria dar certo, o que eu poderia ter feito para ser melhor, se eu ficar me martirizando com isso na cabeça, eu nunca vou conseguir seguir em frente - disse Adryan em entrevista ao ge.

Quando ainda estava sob contrato com o Flamengo, Adryan passou por uma série de empréstimos. Depois, livre, continuou rodando o mundo, voltou ao Brasil, e, antes de acertar com a Portuguesa, estava no ABC, de Natal.

- A gente não pode olhar para trás, para ver o que poderia ser feito. A gente pega os erros, procura melhorar na frente, mas virou a página, tem que seguir. Creio que é maturidade, creio que por alguns fatores, até do clube (Flamengo) mesmo, não me fizeram atingir esse potencial, não é desculpa, não é questionamento, mas logicamente, eu como atleta, se em campo fizesse o esperado, hoje eu não estaria sendo questionado por isso. Então assim, aconteceu da forma que tinha que ser feito. Depois do Flamengo, tive experiências maravilhosas em outros clubes, consegui atingir um potencial altíssimo, não é à toa que joguei em grandes clubes, em grandes ligas e pude me destacar - comentou.

Pai de Laura, de 11 anos, e Donatella, de um ano e nove meses, casado com Isabella Marano, ele decidiu aceitar a proposta da Portuguesa. Foi a volta ao Rio de Janeiro depois de mais sete anos passando por Cagliari, Leeds, Nantes, Sion, Kayserispor, Avaí, Brescia e ABC.

- Meu contrato com o ABC estava no fim. A Portuguesa parece que perdeu um meia, saiu daqui, e eles ficaram necessitados de um atleta dessa posição. Hoje o importante para mim é estar em campo, jogando, querendo que os objetivos do time sejam os meus. Eu tenho acompanhado a Portuguesa nos últimos anos, estão sempre batendo na trave. E me deu motivação para vir para cá. Além de eu estar em casa, de me sentir bem, tenho uma relação muito boa com o presidente daqui. Ele já tinha demonstrado outras vezes o interesse - comentou.

Com informações do Globo Esporte