Alvo da PF, publicitário do RN admite ter arrecadado dinheiro para ajudar manifestantes na porta dos quartéis

16 de Abril 2024 - 14h18
Créditos: Reprodução X

 

Um dos alvos da Operação Lesa Pátria, da Polícia Federal, nesta terça-feira (26), o publicitário Rafael Moreno admitiu ter arrecadado dinheiro para ajudar manifestantes que pediam golpe de Estado em atos na porta dos quartéis militares, após a vitória do presidente Lula (PT) nas eleições de 2022.

Em publicação nas redes sociais, Rafael explicou que não teve relação com os atos golpistas de 8 de janeiro de 2023, mas que teve atuação na porta dos quartéis semanas antes. Segundo a PF, foi nesses atos em frente às instalações militares que o ato de 8 de janeiro foi planejado.

“Não participei, nem incentivei e muito menos financiei os atos de depredação dos prédios na praça dos três poderes. Arrecadei dinheiro através de uma vakinha e de uma chave PIX somente para ajudar a alimentar e transportar as pessoas que estavam acampadas na frente dos quartéis e parei de arrecadar e participar do acampamento dias antes do 8 de Janeiro!”, escreveu Rafael Moreno.

“Os valores que arrecadei, ajudei a comprar alimentos, remédios, barracas, colchões, aluguel de tendas, entre outras coisas, exclusivamente para o acampamento em frente aos quartéis!”, declarou, em outro post.

Ele não especificou se o dinheiro arrecadado foi para auxiliar apenas os manifestantes de Natal ou se a verba também foi destinada para outros locais. Em Natal, manifestantes ficaram na porta do 16° Batalhão de Infantaria Motorizado do Exército, no Tirol, do dia 31 de outubro de 2022, após a vitória de Lula, até 2 de janeiro de 2023, quando o presidente tomou posse.

Nesta terça-feira, Rafael Moreno teve o celular apreendido e também as contas bloqueadas, segundo ele próprio divulgou. 

O publicitário se disse “perseguido” e reclamou de outra operação da qual foi alvo em 2020.

“Pela segunda vez na minha vida estou sendo perseguido pelo ministro Alexandre de Moraes, dessa vez estou sendo investigado por financiar o 8 de janeiro. (…) Em maio de 2020 também tive meu celular apreendido e até hoje nem eu, nem meus advogados tivemos acesso aos autos do inquérito nem a restituição do meu celular que é uma ferramenta de trabalho”, escreveu.

Com informações de Portal da 98 FM