
Sabemos que a companhia de um pet pode melhorar de forma extraordinária a saúde mental humana. Mas e quando a alegria dos bichos de estimação se transforma em tristeza? Cada vez mais, cães e gatos apresentam sinais de ansiedade, depressão e até mesmo comportamentos autodestrutivos.
Segundo a médica-veterinária Dayana Melo, conselheira do Conselho Regional de Medicina Veterinária do Estado do Rio Grande do Norte, essa realidade está diretamente ligada ao bem-estar dos tutores.
"Assim como os humanos, os pets também sentem o impacto do estresse e podem desenvolver depressão. É importante ressaltar que a depressão em animais não é exatamente igual à nossa, mas os sinais são claros: ansiedade, agressividade, latidos excessivos, falta de apetite e outros comportamentos que podem ser facilmente identificados e tratados", explica Dayana Melo.
A falta de estímulos, como brincadeiras e ambientes adequados, passeios insuficientes, sobrepeso e alimentação inadequada são alguns dos fatores que podem desencadear esses problemas, adverte a médica-veterinária.
"Além de observar o comportamento do pet e levá-lo ao médico-veterinário regularmente, é fundamental incluir hábitos saudáveis na rotina dele. Uma alimentação equilibrada e a prática de atividade física, por exemplo, pode fazer toda a diferença", destaca ela.
A profissional afirma ainda que a relação entre humanos e animais de estimação é capaz de proporcionar benefícios para ambos os lados. "Cuidar de um pet nos obriga a sair da nossa zona de conforto e nos conectar com o presente. Essa conexão é fundamental para melhorar o nosso bem-estar emocional", observa Dayana Belém.