Anac diz que não trata de tarifas e que aéreas são livres para definir preços

27 de Abril 2019 - 04h20
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O senador Jean Paul Prates (PT) revelou a líderes da classe produtiva potiguar e representantes do trade turístico do Rio Grande do Norte qual foi a postura da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) ao ser procurada por ele, para debater os altos preços das passagens aéreas para sair ou chegar ao Rio Grande do Norte. A instituição informou ao petista "que não tratava de tarifas", e que as companhias aéreas são livres para estabelecer seus preços. 

A reunião entre o parlamentar e os empresários potiguares foi realizada na tarde desta sexta-feira (26). O senador tratou da MP 863/2018, que permite o investimento estrangeiro na aviação nacional. Jean Paul havia travado o avanço do projeto ao pedir vistas durante votação em comissão do Senado no início do mês. Mas, o projeto acabou aprovado nesta quinta-feira (25). 

"A situação dos preços das passagens aéreas do nosso aeroporto virou uma bola de neve, chegando a essa situação com as tarifas de Natal custando até o dobro de João Pessoa. O que está acontecendo há algum tempo, em relação aos preços das passagens, é um algo brutal, muito antes da crise da Avianca. Quando fui à Anac, deram uma resposta absurda, dizendo que a agência reguladora 'não tratava de tarifas'. As empresas são livres para estabelecer seus preços, mas a Anac não pode se eximir de monitorar, o que não significa interferir nas tarifas", disse o senador.

Ainda de acordo com o petista, é preciso descobrir "o que está acontecendo para as passagens no Aeroporto de Natal custarem quase o dobro das passagens do Aeroporto de João Pessoa. Como isso é determinado? O que interfere nesse algoritmo? Por que a agência reguladora não pede explicações às empresas aéreas?".